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Ansiedade: como diagnosticar, conviver e tratar

 

O corpo sinaliza se algo não vai bem; quando os sintomas passam a incomodar ou atrapalham as atividades cotidianas, é necessário procurar um profissional especializado

A ansiedade é uma emoção natural do ser humano que, em níveis saudáveis, serve para avisar e, de certa forma, preparar para uma situação de perigo. Mas quando ela surge com intensidade exagerada, passa a ser um problema, pois os sintomas físicos e psicológicos atrapalham o dia a dia da pessoa ansiosa. Com a chegada da pandemia, há pouco mais de um ano, e a mudança brusca de rotina que ela causou na vida da população, os impactos na saúde mental têm se destacado. 

Antes mesmo desse novo cenário, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil já era o país mais ansioso do mundo. Uma pesquisa realizada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no ano passado mostrou que a situação se agravou, visto que o número de pessoas que relataram crise de ansiedade e estresse agudo mais que dobrou nos primeiros meses da pandemia. Outro estudo, encabeçado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mostrou que entre maio, junho e julho do ano passado, 80% da população brasileira tornou-se mais ansiosa.

A psicóloga especialista em Neuropsicologia, Samanta Cóser, da Clínica N3 – Neurologia, Neurocirurgia e Neuropediatria, relata que desde o ano passado a procura por terapia aumentou significativamente. “Isso é reflexo do medo de contágio, de perder membros da família, do sofrimento causado pela morte de uma pessoa querida, pelo isolamento social, por problemas financeiros familiares e preocupação com o futuro”, comenta. Diante de um contexto totalmente novo e catastrófico, é comum que muitas pessoas passem a sentir mais ansiedade, porém, se esse sentimento traz prejuízos para o cotidiano, é hora de buscar ajuda. 

O corpo sempre sinaliza quando algo não vai bem e, no caso da ansiedade, os sintomas mais comuns são: arritmia cardíaca, respiração ofegante, dificuldade para dormir, problemas gastrointestinais, ânsia de vômito, sudorese e dor no peito. A pessoa também pode ter pensamentos acelerados, agitação, dificuldade de se concentrar e excesso de preocupação com tudo. Quando a ansiedade passa a incomodar e a atrapalhar a vida, mesmo diante de tentativas de controlá-la (com mudança de hábitos, redução do ritmo frenético de trabalho, meditação, prática de exercícios e momento de lazer) é sinal de que um profissional especializado precisa ser consultado.

O primeiro passo, portanto, é procurar um psicólogo que ajudará o paciente a identificar as causas da ansiedade e a tratá-la. Conforme descreve Samanta, quem tem ansiedade vive menos no momento presente, pois fica ruminando o passado e/ou pensando no futuro. “Mas isso tem tratamento. Com a psicoterapia o paciente aprende técnicas que o ajudam a equilibrar esses pensamentos e a diminuiros níveis de ansiedade”, afirma. O suporte de um profissional especializado faz toda a diferença, pois além de ajudar o paciente a descobrir as origens do seu quadro, ele organiza um plano de tratamento para atenuá-lo. “Se a pessoa aprende a lidar com seus pensamentos e tem repertório para enfrentar as situações de um modo diferente, pode não ter mais crises”, acrescenta a psicóloga.

Em alguns casos, o terapeuta faz encaminhamento para atendimento com médico psiquiatra. Então, é proposto um tratamento em parceria, visto que o uso de medicamentos não exclui a terapia, pois eles agem nos sintomas enquanto a terapia atua na construção de um estilo de vida menos ansioso.

 

Na infância

 

Embora as crianças apresentem sintomas muito parecidos com os dos adultos, identificar que elas estão ansiosas não é uma tarefa fácil, até porque muitas vezes elas não conseguem dizer o que estão sentindo, inclusive, por não saberem definir. No entanto, alguns sinais podem ser característicos do transtorno, como desmotivação, alterações de apetite, dificuldades no sono, irritabilidade ou apatia, dores de cabeça, queda no rendimento escolar ou até mesmo brigas mais frequentes com os amigos.

Se os sinais orgânicos e psicológicos persistirem, os responsáveis devem procurar ajuda de um profissional. “Inicialmente pode até não parecer algo sério, mas é necessário observar e não ignorar os sintomas, pois as crianças sempre sinalizam quando algo não vai bem”, complementa Samanta.

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